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O Memorial da Resistência

Você não vai acreditar na história que vou passar adiante: é real e tinha que acontecer na cidade de Mossoró, estado do Rio Grande do Norte, cidade do Sal e do Petróleo, terra de Santa Luzia, único lugar do Nordeste que Lampião e seu bando, jamais imaginavam que sairia de lá correndo e ainda, deixando para traz, um de seus cabras da peste, o temido “Jararaca”, que está sepultado no cemitério da cidade.

Memorial da Resistência no Blog VaConferir

Um dos principais painéis do Memorial da Resistência com mostra das principais figura do cangaço de Lampião.

Lampião ameaçou invadir Mossoró

Sucedeu-se em 1927. Lampião ameaçou invadir a cidade e acabar com tudo; só não contava com a resistência dos Mossoroenses comandados por Rodolfo Fernandes.

A ameaça veio de grupos de cangaceiros reunidos em magote para tal intento. Tinha o grupo de Jararaca, junto com o de Lampião; o grupo de Sabino Costa mais o de Massilon Leite e mais 22 cabras que sairiam do Ceará para se encontrar na fronteira e engrossar a marcha. O contingente andou 1.500 quilômetros. Chegando a Mossoró, os comandados de Lampião enfrentaram uma luta encarniçada. Estavam lá pouquíssimos policias, mas foi bala para todo lado.

Memorial da Resistência

Quadro na parede do Memorial da Resistência retratando toda a história da resistência ao bando de Lampião.

Os Mossoroenses

A população tomou a batalha nas mãos num feito heroico. Centenas de cidadãos de todas as classes sociais de Mossoró fizeram valer a altivez dos mossoroenses. Resistiram e impuseram a maior derrota de toda biografia do “general do banditismo social nordestino”. Foi mais uma página da participação popular que entrou na história, dessa vez, escrita à bala por homens que lutaram em nome da dignidade, da liberdade e da honra de seu povo.

Memorial da Resistência

Painéis que contam a história da dignidade, da liberdade e da honra de seu povo.

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São diversos painéis afixados em diversas salas e corredores do Memorial da Resistência de Mossoró.

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Encontrei esse quadro numa dessas salas com imagem perfeita do famoso Virgulino – o Lampião.

Sobre Lampião

Seu nome completo era Virgulino Ferreira da Silva, O LAMPIÃO, foi o mais famoso e temido dos cangaceiros.

Nascido em Vila Bela (Hoje, Serra Talhada), em Pernambuco, no ano de 1898, aprendeu as primeiras letras e trabalhava como vaqueiro na terra do pai, José Ferreira, cujo temperamento pacífico não foi suficiente para evitar as frequentes desavenças entre seus filhos e vizinhos.

O motivo era sempre o mesmo: acusações de roubo de gado.

As brigas duraram anos e ocasionaram, indiretamente, a morte do patriarca, em 1920.

Foi, então, que os três filhos mais velhos (Antônio, Ezequiel e Virgulino) se tornaram cangaceiros para vingar a morte do pai, aliando-se ao cangaceiro Sinhô Pereira. Quando este deixou a vida criminosa, Virgulino assumiu a chefia.

A partir de então, a fama de LAMPIÃO se espalhou pelos sertões nordestino chegando ao sudeste e na sequência, todo o Brasil.

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Esse foi o primeiro bando criado pelos filhos de Lampião. Tinhas alguns nomes engraçados como: Pancada, Maria Juvina, Dadá, Corisco, Velocidade, Roxinho, Vila Nova e Salta Cruz entre outros.

Como agiam os bandos:

No final dos anos 20, o perfil do Brasil e do Nordeste estava mudado.

O cangaço era um movimento retrógrado, circunscrito aos sertões, às regiões mais isoladas.

Sempre que entravam numa cidade, o primeiro alvo dos cangaceiros eram os símbolos do progresso. Por isso, os criminosos cortavam os fios dos telégrafos, ocupavam as estações de trens e incendiavam automóveis e caminhões, para que nenhum alerta fosse dado aos lugarejos vizinhos e a fuga dos bandos não fosse prejudicada.

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Esse quadro mostra a imagem do bando de Corisco com a participação de mulheres no grupo.

Os cangaços atuavam como guerrilha e usava o recurso da contrainformação. Cantadores de feiras, ingenuamente ou não, espalhavam boatos. Ora falavam que determinado cangaceiro, cuja morte fora testemunhada, teria sobrevivido. O que se fazia, na verdade, era dar o mesmo apelido do bandido morto a outro integrante do mesmo bando.

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Espaço dedicado a exposição de painéis com imagens dos principais cangaceiros.

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Espaço com painéis mostrando outra fila de imagens de cangaceiros.

Os conflitos sociais:

Foi na cidade de Triunfo no sertão de Pernambuco que encontramos o Museu do Cangaço e lá tinha bastante informações sobre a história e vida de Lampião e de seus cangaceiros.

O cangaço surgiu, portanto, ainda no século 18, mas só ganhou força na segundo metade do século 19, por volta de 1879, e as primeiras manchetes dos jornais no início do século 20. Essa forma de banditismo só deixou de existir em 1940, após 70 anos de violência e medo.

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Sempre esquecido pelo poder federal e governos estaduais, o sertão nordestino vivia entregue a chefes políticos que decidiam sempre a favor dos próprios interesses e das relações de amizade, e por esse motivo virou cenário de conflito de terra e despertar sangrentas

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O ambiente de opressão favoreceu a ação do banditismo. Os cangaceiros saqueavam lojas, trens, cidades inteiras. Também, eles sequestravam pessoas para cobrar resgate e ainda, torturavam e degolavam gente inocente e indefesa e mesmo assim, foram transformados em “heróis”.

Em Mossoró, de nível cultural acima da média das cidades nordestinas, os cangaceiros eram malvistos, temidos e odiados.

Coiteiros

Coiteiros eram pessoas ricas ou pobres, que ajudavam os cangaceiros, oferecendo-lhes refúgio, servindo-lhes comida, municiando os bandidos de informações sobre a presença das volantes policiais e, até mesmo, dando-lhes dinheiro para prosseguirem a marcha pela caatinga.

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No Memorial da Resistência existem diversos painéis como esse que você fica sabendo toda a história da vida de Lampião e de seus grupos de cangaceiros.

Os coiteiros ricos, fazendeiros, grandes comerciantes e políticos, tinham como motivação, em muitos casos, a compra da tranquilidade. Ajudando os bandos, não eram atacados por eles. Os coronéis coiteiros não tinham as propriedades invadidas, nem as mulheres e filhas violentadas.

As volantes Sertanejas

Volantes, eram grupos de policiais criados especialmente para combater o cangaço. Os cangaceiros não gostavam por que eles agiam de forma violentas nas cidades e nas comunidades.

O fim do cangaço

O ataque a Mossoró foi um divisor de águas na vida de Lampião e na história do cangaço. Com a decisão tardia do poder central e dos governos estaduais de intensificar o combate ao banditismo sertanejo, Lampião ainda viveu mais 11 anos, mas teve de contestar-se com a invasão de pequenas cidades e foi acumulando perdas pessoais, em sua trajetória de fuga, até o desfecho final na localidade Sergipana de Grota do Angico, onde morreu numa emboscada em 1938. Dois anos depois, em 1940, morria seu herdeiro Corisco, na cidade de Miguel Calmon, no sertão da Bahia, esgotando o ciclo de violências.

Prefeito de Mossoró – Rodolpho Fernandes

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Chuva de bala no país de Mossoró

O Espetáculo teatral chamado de Chuva de Bala no País de Mossoró, exibido na esplanada da Igreja de São Vicente é hoje destaque não só no mundo do desenvolvimento econômico e social, também, na criação da arte e na cultura.

Mossoró e Lampião

Igreja de São Vicente, local onde acontece a peça “Chuva de bala no país de Mossoró”, todo o mês de Junho por ocasião dos festejos Juninos.

Chuva de Bala no país de Mossoró – encenada ao ar livre, com atores da própria comunidade, que conta a real história, em um palco montado à esplanada da igreja de São Vicente, na mesma praça onde foi travada a batalha dos Mossoroenses com Lampião e seus cangaceiros.

Outras dicas de Mossoró

Visite o corredor cultural de Mossoró

Localizado na Avenida Rio Branco, que corta o centro de Mossoró, você vai encontrar além do Memorial da Resistência com vários equipamentos culturais, todos voltados para o turismo e lazer dos Mossororoenses e seus visitantes. Entre os monumentos estão: Parque da Criança, Praça de Skate, Estação das Artes, Teatro Dix-Huit Rosado, Praças de Esporte e Praça de Alimentação ou da Convivência.

Seja bem vindo a Mossoró!

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Triunfo: Museu do Cangaço no sertão de Pernambuco https://vaconferir.com.br/museu-do-cangaco-no-sertao-de-pernambuco/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=museu-do-cangaco-no-sertao-de-pernambuco https://vaconferir.com.br/museu-do-cangaco-no-sertao-de-pernambuco/#comments Sun, 23 Aug 2020 14:00:58 +0000 http://vaconferir.com.br/?p=2243 O Museu: O Museu do Cangaço na cidade de Triunfo, sertão de Pernambuco, é um dos mais antigos do Nordeste. Foi fundado no ano de 1975 e hoje, guarda um valioso acervo da história do cangaço no Nordeste do Brasil. Dentro do museu: Na entrada, uma pequena surpresa foi quando a recepcionista disse que o […]

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O Museu:

O Museu do Cangaço na cidade de Triunfo, sertão de Pernambuco, é um dos mais antigos do Nordeste. Foi fundado no ano de 1975 e hoje, guarda um valioso acervo da história do cangaço no Nordeste do Brasil.

Foto tirada na frente do prédio do Museu localizado na Praça Monsenhor Eliseu bem no centro da cidade.

Dentro do museu:

Na entrada, uma pequena surpresa foi quando a recepcionista disse que o ingresso custava 8 reais (apenas oito) para o casal e nosso guia não precisava pagar. Certificado que éramos idosos, pagamos só a metade, 4 reais. Gente, é muito barato para entrar e conhecer esse belíssimo acervo, ver e vivenciar um pouco sobre a história do cangaço no sertão nordestino.

Certidão de Nascimento e Batismo de Lampião.

Com mais de 500 peças, punhais, armas de todas as espécies existentes na época, roupas, fotografias e entre elas do próprio Lampião, quase todas adquiridas por doações e outras compradas nos lugares em que Lampião e seu bando costumavam frequentar e até, habitar em determinados períodos. Ele era muito temido, mas foi em Mossoró que ele correu e nunca mais teve coragem de voltar.

Certidão de nascimento e de Batismo de Lampião guardo e ainda bem conservada.

Algumas fotos do acervo:

Armário com diversos pequenos pertences utilizados por Lampião e seu bando no período do cangaço.

Algumas roupas usadas na época e pequenos santuários, ainda estão guardadas e bem conservados.

Imagens de objetos preciosos que foram adquiridos e estão todos muito bem guardadas e conservadas.

Numa das salas, encontramos um engenho de moer cana-de-açúcar para fazer rapaduras e mel.

Um excelente acervo religioso com peças doadas por pessoas da época do cangaço…

Diante dos relatos que ouvimos, a maioria das armas expostas no museu do cangaço, foram doadas pelas comunidades da região e dos lugares por onde Lampião e seu bando passou e deixou sua marca registrada naquela época, “Lampião passou aqui”.

Algumas armas usadas pelo bando de Lampião:

Essa exposição, mostra alguns dos tipos de armas que Lampião e seus Cangaceiros usavam na época.

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O acervo total são mais de 500 peças e a maioria são de Armas conforme exposição.

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São muitas armas em exposição, em sua maioria doadas e uma parte comprada pelo sertão, nos lugares frequentados e habitados por Lampião e seus cangaceiros.

Mulheres Marcadas:

Além dos relatos assustadores que ouvimos, os que mais evidenciou tristeza, foi ao ver fotos de mulheres com o rosto marcado com ferradura (ferro quente) sinalizando que aquela era propriedade particular.

Na sala das fotografias e documentos, a gente encontra fotos de mulheres com marcas de ferro quente no corpo como marca de propriedade.

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Era uma barbárie esse brutal sistema criminoso da época do cangaço no Brasil, principalmente, no Nordeste.

Cultura:

O Museu do Cangaço é bastante frequentado por estudantes, pesquisadores, turistas, historiadores e até fãs de Lampião de todo o Brasil e parte do exterior.

Horário de funcionamento e endereço:

  • No período em que estivemos aqui, os horários estavam assim:
  • Seu funcionamento é de Segunda à Sábado, das 8 às 12 horas e das 14 às 17 horas, nos Domingos, abre às 8 e fecha às 12 horas.
  • Endereço: Praça Monsenhor Elizeu, s/n – Centro.

Ingresso para ter acesso ao museu:

  • Não sei hoje, nesse dia pagamos uma taxa simbólica de 4 reais já com desconto para o casal com mais de 60 anos.

Como chegar:

  • Saindo de Recife pela BR 232 até a cidade de Serra Talhada, são aproximadamente 450 km e depois, mais 30 km pela rodovia estadual PE 365 até a cidade de Triunfo.
  • De João Pessoa pela BR 230 até Campina Grande, seguindo pela BR 412 até Triunfo são aproximadamente 450 Km.
  • Já de Campina Grande pela BR 412 são aproximadamente, 310 Km.
  • E de Maceió pela BR 104 e BR 232, são aproximadamente 410 Km.

Onde ficar:

Triunfo é uma cidade serrana, de pequeno porte, com aproximadamente 20 mil habitantes, clima agradável e com uma belíssima infraestrutura de hospedagem, são mais de DEZ entre Hotéis e Pousadas. Nós ficamos hospedados no Hotel do SESC, uma excelente indicação que obtivemos de seus habitantes ao entrar na cidade.

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